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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Serás tu a única capaz de me conhecer como ninguem, capaz de me apoiar em tudo e NUNCA me deixar ir abaixo? Serás tu a unica com a capacidade de gostar de mim assim, de zelar por mim, de me querer sempre por cima? Talvez sejas. Em tantos anos nunca foste capaz de me magoar, nunca foste capaz de te afastar de mim, nunca foste capaz de questionar o valor que tenho, sempre foste aquela que me admirou incondicionalmente, aquela com quem contas para tudo e a quem contas tudo.
Ja te aconteceu pensares que nao tens ninguém com quem contar, sentires que estás a ser gozada por toda a gente à tua volta e que apenas existe uma pessoa capaz de te compreender? Isso ja me aconteceu, inumeras vezes diria, e TU foste a unica pessoa que eu encontrei capaz de me compreender.
Sabes que te admiro muito, tens uma força enorme, o dom de ter sempre a ideia mais descabida para me animar, a coragem que tens para enfrentar os teus problemas é soberba. É por isso que vejo em ti o meu porto de abrigo, a maneira de sair por cima nas situações mais dificeis, vejo em ti uma demonstração de carinho e amor que quase ninguem (ou se calhar ninguem) consegue ter para comigo, sei lá, vejo em ti todos os sonhos do mundo, ao mesmo tempo vejo uma pessoa com os pés mais que bem assentes na terra.
Só te quero agradecer, agredcer por tudo o que já me deste, pelo que não me deste, o que ainda falta dares. Quero agradecer-te pela pessoa que és, apenas por isso.
Espero sempre corresponder as tuas expectativas, espero sempre estar à altura daquilo que és para mim, sabes que te amo incondicionalmente, sabes que te quero SEMPRE por perto.

"Sabes que és mais forte que tudo e todos, nunca te esqueças disso @"

A <3

sábado, 8 de janeiro de 2011

Porquê que apareceste? Porquê que tiveste que invadir a minha vida e fazer-me sentir assim?
Sabes aquela atracção fatal que ninguem consegue controlar? Aquele desejo, aquela falta que se sente quando se está longe? Sabes? Eu sei que sabes.
Sei que sabes o que isso é e sei que sabes que me fazes sentir assim. Mas se sabes, porquê que me fazes sentir tão bem quando te tenho por perto e quando nao tenho me fazes sentir assim? Não és capaz de me fazer sentir bem o tempo todo? Porquê que tens sempre de estragar tudo e fazer-me sentir como um objecto, como se nao fosse nada?
Pára, sai daqui, desaparece! Não, não saias, sinto a tua falta so te quero ao pe de mim.
O que é que eu faço, se apareces sempre com esse sorriso que parece secreto, parece que so o usas para mim, o que é que eu faço, diz-me! Ou não és capaz, tal como não és capaz de conseguir fazer-me sentir sempre bem? Como não és capaz de controlar os teus impulsos estupidos? É por isso que não consegues dizer-me o que fazer?
Só quero estar contigo, sinto a tua falta, sinto falta do teu corpo, do teu beijo, do teu olhar, do teu abraço, do simples toque da tua mão na minha cara, dos nossos momentos mais intimos. Não te quero prender, nem quero que me prendas, mas acabas por me prender so por existires, e essa é a diferença entre nós, uma diferença inevitavel entre um rapaz que nao controla os seus impulsos e uma rapariga que acaba por nao os ter so porque tu entraste na vida dela.
Não aguento mais, estou farta que façam isto comigo, que faças isto comigo, mas nesta situação o unico impulso que tenho é querer estar contigo, e esse, eu, por muito que queira, não consigo controlar.
A atracção consegue ser mais complexa que a própia paixão, e eu não pensava assim, até tu apareceres. Se calhar esta foi a ínica coisa que me ensinaste com isto tudo...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Saio. Páro, escuto, olho; Avanço; O vento gelado de uma manhã de Inverno bate-me na cara à medida que sigo. Ardem-me agora os lábios, queimados do frio, a minha pele está pálida, clara, não que isso seja anormal em mim, mas o contacto com a brisa acentua esta palidez, repuxa-me a pele.
Continuo, com passos lentos, concisos, firmes; Mil coisas me vêm ao pensamento, coisas sem sentido, recordações breves, mas apenas uma me é realmente familiar, Tu.
Tu? Não! Não posso pensar em ti, tenho que me libertar!
Começo a correr, cada vez mais depressa, avanço sem destino nenhum.
Pára!
Senti necessidade de parar; Olho à minha volta, não estou muito longe de casa.
Avanço, desta vez no caminho de regresso. O vento continua a bater-me na cara, ardem-me ainda os lábios, vermelhos, e a minha pele (ainda) está pálida, clara, lúcida...
E Tu? Tu continuas em mim, continuas, como a brisa gelada e calma completa as manhãs de Inverno; Diria que continuas em mim, mas de uma maneira mais calma.
Olho o céu; Começa a chover. Mesmo com a chuva os meus passos não se alteram, continuam lentos, mas breves, firmes. Sinto a chuva a molhar-me o corpo, só quero chegar a casa, nem sei bem por que saí; Terá sido porque já imaginava que ia pensar em ti e nao podia? (Para variar).
Continuo, mas com passos mais apressados.
Cheguei. Nem acredito que cheguei finalmente a casa. Parece que estive fora durante horas.
As minhas roupas estão encharcadas, o meu cabelo ensopado. Bonito! O meu pensamento dominou-me, e o resultado foi este...
Como diria Fernando Pessoa: "Pensar incomoda como andar à chuva/Quando o vento cresce e parece que chove mais."... Mas talvez eu não queira deixar de pensar em ti, será talvez um querer que apareças no meu pensamento de maneira diferente, nao deixando que ele me incomode.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

como uns faróis

Sonhei contigo. Sonhei que estavamos juntos, eu e tu; Estavamos zangados, nao me lembro porquê, mas sei que era uma zanga sem importancia.
- "Sinceramente, achas que isto nos leva a algum lado?"
- "Não..."
- "Uau, finalmente, finalmente me respondes sinceramente. Para quê estarmos assim?! Eu já te pedi desculpa, mas tu continuas, como se nunca o tivesse feito e a responder-me como se nunca quisesses acabar com isto..."
- "Desculpa."
Eu (como sempre nestas conversas), tinha a cabeça em baixo, e quando olhei em frente, lá estavas tu, a olhar para mim;
- "Não olhes assim para mim..."
- "Porquê?"
- "São os teus olhos..."
- "Já não gostas que te olhe assim?"
- " Não..."
- "Não?"
- "Eu nao consigo parar de gostar, cada vez gosto mais, cada vez me sinto melhor quando me olhas assim, cada vez que esses teus olhos olham nos meus; Tu sabes que me sinto quase intimidada sempre que me olhas assim, mas não é por mal, tu sabes; Esses teus olhos são mais fortes que tudo, grandes, cheios de luz, como uns faróis; Como uns faróis que espalham luz sobre o mar, o mar, da cor dos teus olhos, azuis, de um azul diferente e profundo; Profundo, é esse o adjectivo que melhor descreve esses teus olhos, lindos, que me prendem cada vez mais; Os teus olhos, misteriosos como tu, um mistério natural que nao me incomoda, pelo contrário...
E não, eu não gosto que me olhes assim, eu adoro que me olhes assim!"...

E quando dei por mim, tinha a tua mão na minha cara, os teus olhos a olhar nos meus, e a tua boca perto da minha. E assim me beijas-te, com um beijo dos teus, que só tu sabes dar.

Acordei. Acordei com a sensação de que me estavas a tocar, com a sensação de um sonho demasiado real. Mas era apenas um sonho, apercebi-me disso num instante. Mas sabes porque me pareceu tão real? Pareceu-me tão real porque adoro quando olhas para mim, quando nem reparo mas sei que estás a olhar para mim, com os teus grandes olhos azuis que eu adoro; Mas ainda nao tive oportunidade de dizer-te. Talvez um dia, se me deixares.

sábado, 4 de setembro de 2010

Às vezes sinto que gostaria de ser como o gelo; Fria como ele, como tu.
Sei que se conseguisse ser assim, isso me ia ajudar muito. Talvez me ajudasse a não me sentir como me sinto desde que te foste embora; Desde que te foste embora sem me dar uma explicação, sem me ouvires, sem me deixares ouvir-te, sem deixares que este peso saia de cima de mim, sem conseguires que eu deixe de me sentir estupida cada vez que penso em ti.
Se fosse como o gelo, (se fosse como tu) a esta hora nao estaria aqui, a pensar no que escrever, em ti, em tudo (enquanto estás longe, sem teres com que te preocupar, talvez já esquecido de mim).
Se fosse como tu, não estaria disposta a esperar por ti, aqui, continuando à espera de uma explicação, continuando a querer ouvir-te, a querer que me oiças, a querer que este peso saia de cima de mim, a querer sentir-me bem cada vez que me lembro de ti, do nós que poderia ter existido.
Mas sendo como sou, longe de conseguir atingir o gelo, continuo a pensar em tudo, mesmo sabendo que nao devia, que nao mereces...

Percebes porque é que penso tanto em ti? Em parte porque gostaria de ser como tu.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A noite. A noite já nem me atrai. Saio de casa ao sábado à noite, à quarta, à sexta (quando me apetece) para encontrar amigos. Amigos de infancia, outros mais recentes, uns que foram e que voltaram, pessoas que nos preenchem, pessoas que nos marcaram.
O telemóvel toca...
-"Onde estás?"
-"Sentada, no muro!"
-"Eu também, mas nao te vejo! Onde estás?"
Levanto-me, procuro e encontro. Encontro-te, sentado no muro.
O mesmo jeito, a mesma cara, a mesma forma de agir. Tinhas um cigarro apagado na mão. Dirigi-me a ti. Ao cumprimentar-te notei que tinhas também o mesmo cheiro, a mesma pele.
Sentei-me ao teu lado sem saber o que havia de dizer, acendi um cigarro e aproveitei para acender o teu, que estava apagado por (pela tua mesma timidez de sempre) ainda nao teres pedido a ninguém.
Na nossa conversa surgiam momentos passados, frases passadas, coisas que nos fizeram rir; Com medo, olhei nos teus olhos e novas frases, momentos e coisas surgiram...
-"Olha vou ali. Posso ir ali? Deixas?"
-"Sim, podes ir ali"
-"Eu já «apito»"
-"Está bem, até já"

Ainda estou à espera; Continuo à espera que voltes e te sentes ao meu lado naquele muro.